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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Saber comer, as regras de ouro *


Coma comida! É assim que Michael Pollan, professor da Universidade de Brerkeley e um dos jornalistas científicos mais premiados desde século, inicia seu livro que contém 64 regras de ouro para se aprender comer bem.

A simplicidade com que Pollan descreve as regras é formidável. Nada de receitas complexas e mirabolantes. Ele vai direto ao ponto e seu texto consegue alcançar o leitor, mostrando que uma boa alimentação é um processo contínuo e passa necessariamente pela geração de uma sabedoria alimentar, que deve ser cultivada e transmitida de pai para filho.

Ao indicar que devemos comer comida, o autor faz referência aos 17 mil novos produtos que chegam as prateleiras anualmente nos supermercados, com intuito de disputar nosso orçamento alimentar. Sendo, esse o primeiro passo para a boa alimentação: saber identificar o que é comida de verdade entre todos os produtos industrializados criados por cientistas alimentares, à base de muitos aditivos químicos, altamente processados e que fazem muito mal à saúde.

Entre dezenas de excelentes dicas de boa alimentação encontradas no livro, uma em especial chamou minha atenção e reforça ainda mais a importância de saber diferenciar o que é comida de verdade: Não coma nada que sua bisavó não achasse que era comida.” Com essa regra, Pollan, nos convida a imaginar nossa bisavó andando pelos corredores do supermercado e pegando uma embalagem de iorgurte GO-GURT e sem fazer idéia do que é aquele cilindro de gel colorido com sabores: – É comida ou pasta de dentes? – Questionaria a vovozinha.

Evite produtos alimentares com mais de cinco ingredientes, e ainda: Evite produtos alimentares que uma criança do terceiro ano não consiga pronunciar. O autor não é inflexível e deixa a critério do leitor definir o número de ingredientes, mas é catedrático ao afirmar: Quanto mais ingrediente tiver um alimento embalado, mais altamente processado ele será.  Junta-se à essa lista, outras preciosidades, tais como: Se tem o mesmo nome em todas as línguas não é comida (lembre-se do Big Mac, dos Cheetos ou da Pringles).

Pollan, ainda sugere o tipo de comida devemos comer: Coma cores! Esse conselho eu já conhecia, de uma outra forma, através de uma nutricionista que me ajudou a livrar de uma gastrite desagradável e de um longo tratamento com um gastro que nunca tinha fim. Melissa Bonesi, sugeria sempre que devemos comer no almoço pelo menos cinco cores. Para garantir que estava tudo entendido e contratado, no final ela arguia: Cite exemplos de alimentos brancos, verde-claro, verde-escuro, vermelho, laranja, amarelo.  Essa é a garantia que estamos consumindo vitaminas e sais minerais que nosso organismo precisa, uma vez que as cores dos alimentos definem qual o grupo vitamínico eles podem nos oferecer, explicava ela.   Confirmo: funciona, pois na época desse acompanhamento nutricional, foi quando senti meu organismo com mais resistência e disposição.

E como devo comer? Pollan, tem muitas respostas e uma delas é: Pague mais coma menos: com a comida, tal como muitas outras coisas, o barato sai caro. É preciso levar em conta entre a qualidade e a quantidade; a experiência alimentar, a duração de uma refeição ou o prazer que se tira dela – não tem necessariamente a ver com o número de calorias consumidas. Fiquei pensando depois de ler essa regra: Séra que é por isso que hoje os sucos de frutas são mais caros que os refrigerantes?
O livro todo é um convite ao cuidar, ao dar importância ao que realmente importa e tudo é descrito de maneira simples como tudo que é bom na vida.

Recomendo: Saber Comer: as 64 regras de ouro – Michael Pollan –  Editora Lua de Papel – Leya

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